“Você poderia me dizer, tipo, TODAS as coisas que eu preciso saber?”
Foi essa a pergunta que um menino de 14 anos fez para um palestrante chamado Bashar.
Bashar, no caso, é um suposto extraterrestre do futuro (😂) que compartilha ensinamentos sobre como a realidade é criada pela consciência.
(Ele merece um texto à parte, mas hoje o foco é a pergunta do menino.)
Aquela pergunta impossível. Se fizessem para você (ou para mim), a reação seria:
“Meu fi, senta que essa resposta pode levar uns 2025 anos.”
Mas a resposta veio sem rodeios (video):
“Tudo o que você precisa saber é isto: diante das opções que aparecerem, escolha a que te deixa um pouco mais animado. E siga esse caminho o máximo que puder.”
Mas e se eu escolher errado?
Essa resposta parece simples. Boa até demais.
Porque, na vida real, a gente não toma decisões com duas opções bem definidas, uma dizendo “siga-me, sou o entusiasmo!” e a outra, “sou uma perda de tempo”.
bonitinho, mas...
Na vida real, tudo é embaçado.
As opções se misturam, se multiplicam, se atropelam. Você quer fazer tudo, testar tudo, aprender tudo.
E esse é o problema. Não é a falta de opções. É o excesso.
A gente passa os dias atolado em decisões:
Responder mensagens ou focar no projeto?
Criar algo novo ou terminar o que já começou?
Organizar a rotina ou simplesmente tentar sobreviver ao caos do dia?
A sensação é de estar sempre fazendo algo, mas nunca avançando de verdade.
Criamos estratégias.
Testamos ferramentas.
Compramos apps.
Assistimos Youtube (👀).
Fazemos planos mirabolantes para organizar a vida.
E, no meio desse turbilhão de informações, parece que continuamos no mesmo lugar.
Porque o que realmente importa se perde no meio do que é apenas barulho.
E então surge a pergunta incômoda: o que fazer quando tudo parece importante?
filtro
Não existe um plano perfeito. Mas existe um filtro simples:
Escolha o que acende alguma coisa dentro de você.
Agora, pausa.
Porque aqui vem a parte que ninguém fala.
Nem sempre o que te entusiasma parece “útil”. Nem sempre parece uma escolha certa.
Às vezes, a coisa que mais te chama não parece rentável, lógica ou produtiva.
E é por isso que a gente ignora.
A gente silencia a curiosidade porque ela não cabe na agenda, não encaixa no planejamento, não resolve um problema imediato.
E então, meses depois, vem aquela sensação estranha de estar ocupado o tempo todo, mas sem sair do lugar.
entusiasmo virou cansaço
E passamos a chamar isso de “falta de foco”. Mas não é.
É só excesso de tentativa de controle.
Porque seguir o que te move não significa escolher o caminho mais fácil. Nem o mais seguro. Nem o mais confortável.
Significa perceber – veja bem: perceber, não entender – o que te mantém curioso, interessado, vivo.
E seguir.
Mesmo sem garantia. Mesmo sem ter certeza absoluta.
Porque se, por um instante, aquilo te fez esquecer de olhar o celular…
Se, por um momento, aquilo te puxou para fora do ruído…
Talvez seja um bom sinal.
O resto, a gente descobre no caminho.
Até semana que vem :)