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por Paiva

Feb 23 • 2 min read

Se não te faz largar o celular, vale a pena?


“Você poderia me dizer, tipo, TODAS as coisas que eu preciso saber?”

Foi essa a pergunta que um menino de 14 anos fez para um palestrante chamado Bashar.

Bashar, no caso, é um suposto extraterrestre do futuro (😂) que compartilha ensinamentos sobre como a realidade é criada pela consciência.

(Ele merece um texto à parte, mas hoje o foco é a pergunta do menino.)

Aquela pergunta impossível. Se fizessem para você (ou para mim), a reação seria:

“Meu fi, senta que essa resposta pode levar uns 2025 anos.”

Mas a resposta veio sem rodeios (video):

“Tudo o que você precisa saber é isto: diante das opções que aparecerem, escolha a que te deixa um pouco mais animado. E siga esse caminho o máximo que puder.”

Mas e se eu escolher errado?

Essa resposta parece simples. Boa até demais.

Porque, na vida real, a gente não toma decisões com duas opções bem definidas, uma dizendo “siga-me, sou o entusiasmo!” e a outra, “sou uma perda de tempo”.

bonitinho, mas...

Na vida real, tudo é embaçado.

As opções se misturam, se multiplicam, se atropelam. Você quer fazer tudo, testar tudo, aprender tudo.

E esse é o problema. Não é a falta de opções. É o excesso.

A gente passa os dias atolado em decisões:

Responder mensagens ou focar no projeto?

Criar algo novo ou terminar o que já começou?

Organizar a rotina ou simplesmente tentar sobreviver ao caos do dia?

A sensação é de estar sempre fazendo algo, mas nunca avançando de verdade.

Criamos estratégias.

Testamos ferramentas.

Compramos apps.

Assistimos Youtube (👀).

Fazemos planos mirabolantes para organizar a vida.

E, no meio desse turbilhão de informações, parece que continuamos no mesmo lugar.

Porque o que realmente importa se perde no meio do que é apenas barulho.

E então surge a pergunta incômoda: o que fazer quando tudo parece importante?

filtro

Não existe um plano perfeito. Mas existe um filtro simples:

Escolha o que acende alguma coisa dentro de você.

Agora, pausa.

Porque aqui vem a parte que ninguém fala.

Nem sempre o que te entusiasma parece “útil”. Nem sempre parece uma escolha certa.

Às vezes, a coisa que mais te chama não parece rentável, lógica ou produtiva.

E é por isso que a gente ignora.

A gente silencia a curiosidade porque ela não cabe na agenda, não encaixa no planejamento, não resolve um problema imediato.

E então, meses depois, vem aquela sensação estranha de estar ocupado o tempo todo, mas sem sair do lugar.

entusiasmo virou cansaço

E passamos a chamar isso de “falta de foco”. Mas não é.

É só excesso de tentativa de controle.

Porque seguir o que te move não significa escolher o caminho mais fácil. Nem o mais seguro. Nem o mais confortável.

Significa perceber – veja bem: perceber, não entender – o que te mantém curioso, interessado, vivo.

E seguir.

Mesmo sem garantia. Mesmo sem ter certeza absoluta.

Porque se, por um instante, aquilo te fez esquecer de olhar o celular…

Se, por um momento, aquilo te puxou para fora do ruído…

Talvez seja um bom sinal.

O resto, a gente descobre no caminho.

Até semana que vem :)

Vancouver, BC - Canadá
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